"Educação como prática da liberdade" é uma obra fundamental de Paulo Freire, escrita em 1967, durante seu exílio no Chile. Este livro é um marco na educação e propõe uma reflexão profunda sobre o papel da educação na libertação dos indivíduos da condição de opressão. Freire defende que a educação deve ser um processo que transforma os oprimidos em agentes de mudança, permitindo que se tornem críticos e politizados.
A edição atual, que apresenta um novo projeto gráfico, inclui uma apresentação de Francisco C. Weffort e um prefácio-poema de Thiago de Mello. Além disso, conta com apêndices que trazem exemplos de situações existenciais, permitindo uma melhor compreensão do conceito de cultura no contexto do Método Freireano. Os textos são acompanhados de ilustrações de Vicente de Abreu, inspiradas nas pinturas de Francisco Brennand, que foram destruídas durante a ditadura militar brasileira.
Um dos episódios mais marcantes da história de Freire ocorreu em 1963, em Angicos, no Rio Grande do Norte, onde trezentos trabalhadores rurais foram alfabetizados em apenas 40 horas. Este feito foi parte de um projeto-piloto do que viria a ser o Programa Nacional de Alfabetização do governo de João Goulart, que foi deposto em março de 1964. Devido à repressão, Freire deixou o Brasil, retornando apenas em 1979, já na era da abertura democrática.
Ao longo de sua vida, Freire recebeu mais de cem títulos de doutor honoris causa de universidades tanto nacionais quanto internacionais. Seu trabalho foi reconhecido com diversos prêmios, incluindo o Educação para a Paz, da Unesco, e a Ordem do Mérito Cultural, concedida pelo governo brasileiro. Ele também foi incluído no International Adult and Continuing Education Hall of Fame e no Reading Hall of Fame.
A obra de Freire não se limita apenas a uma abordagem pedagógica. Ela é um chamado à ação, um convite para que os educadores e educandos se unam na luta pela justiça social. O autor enfatiza que a verdadeira educação deve ser um ato de liberdade, onde todos têm a oportunidade de participar ativamente da construção de seu conhecimento e de sua realidade.
Um momento emblemático do livro é quando um ex-analfabeto de Angicos, em um discurso diante de Goulart, declarou que já não era mais uma massa, mas sim um povo. Essa afirmação simboliza uma importante transformação: a escolha pela participação e pelo engajamento político, renunciando à apatia das massas. O autor ressalta que essa politização é um passo essencial para a emancipação dos indivíduos.
"Educação como prática da liberdade" se torna, assim, uma leitura indispensável para educadores, estudantes e todos que se interessam pela temática da educação emancipadora. A obra propõe uma reflexão crítica sobre as práticas pedagógicas e a necessidade de um sistema educacional que promova a liberdade e a responsabilidade social.
Com uma linguagem acessível e profunda, Freire nos convida a repensar a educação como um processo dinâmico, que deve ser constantemente adaptado às realidades e necessidades dos indivíduos e das comunidades. Ele propõe que a educação deve ser um espaço de diálogo, onde todos possam expressar suas ideias e se engajar na construção de um futuro mais justo e igualitário.
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Data de publicação | 19 de novembro de 2019 |
Edição | 53 |
Editora | Paz & Terra |
Formato | Capa comum |
Idioma | Português |
ISBN 10 | 8577534235 |
ISBN 13 | 9788577534234 |
Páginas | 192 |
Qtd. palavras (estimado) | 48.000 |
Tempo de leitura | 6 horas e 24 minutos |