Byung-Chul Han

Byung-Chul Han estudou engenharia de materiais na Universidade da Coreia em Seul antes de se mudar para a Alemanha nos anos 1980 para estudar filosofia, literatura alemã e teologia católica em Freiburg im Breisgau e Munique. Em 1994, obteve seu doutorado em Freiburg com uma tese sobre Stimmung, ou humor, em Martin Heidegger. Até recentemente, Han evitava dar entrevistas para rádio e televisão e raramente divulgava dados pessoais, incluindo sua data de nascimento, em público. Ele é católico.

Em 2000, ingressou no Departamento de Filosofia da Universidade de Basel, onde completou sua habilitação. Em 2010, tornou-se membro do corpo docente da Karlsruhe University of Arts and Design, com interesse em filosofia dos séculos 18, 19 e 20, ética, filosofia social, fenomenologia, teoria cultural, estética, religião, teoria da mídia e filosofia intercultural. De 2012 a 2017, lecionou filosofia e estudos culturais na Universität der Künste Berlin (UdK), onde dirigiu o programa de estudos gerais Studium Generale. Han é autor de mais de vinte livros, destacando-se tratados sobre a "sociedade do cansaço", "sociedade da transparência" e o conceito de shanzhai, um estilo de imitação.

Seu trabalho atual se concentra na transparência como uma norma cultural imposta pelas forças neoliberais do mercado, que ele vê como um impulso incessante em direção à exposição voluntária quase pornográfica. Han argumenta que os imperativos da transparência fortalecem um sistema totalitário de abertura em detrimento de valores sociais como vergonha, sigilo e confiança. Ele abordou temas como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtorno de personalidade limítrofe, esgotamento, depressão, exaustão, internet, amor, multitarefa, cultura pop, poder, racionalidade, religião, mídias sociais, subjetividade, cansaço, transparência e violência.